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A mostrar mensagens de janeiro, 2018

Pudesse eu beber desse Gin

Hoje esqueci. Esqueci-me.  Esqueci e sei,  Porque só se esquece de facto quando se quer.  Eu quis e quis que esquecesses como se esquece um espirro.  Mas somos tão finitos no teu universo Como é o espaço acima das nuvens No qual me perco a perder-te de vista.  E mergulho noutro universo Onde já não pintas o meu horizonte, Que tem cheiro a maré de verão E sabe a gin num fim de tarde quente.  Pudesse eu esquecer por querer O inverno que gela a distância que separa O verão na minha boca, Do gin fresco no meu horizonte Com cheiro a maré de verão.